Artistas afro-brasileiros





















Arthur Timótheo da Costa
(Rio de Janeiro RJ 1882-idem 1922). Pintor, desenhista, cenógrafo e entalhador. Inicia seus estudos na Casa da Moeda, onde freqüenta o curso de desenho e toma contato com o processo de gravação de imagens acompanhando a impressão de moedas e selos. Incentivado pelo diretor da instituição, Enes de Souza, matricula-se juntamente com seu irmão João Timótheo da Costa (1879-1930) em 1894, na Escola Nacional de Belas Artes-Enba e frequenta as aulas ministradas por Bérard (1846-1910), Zeferino da Costa (1840-1915), Rodolfo Amoedo (1857-1941) e Henrique Bernardelli (1858-1936). Entre os anos de 1895 e 1900 aprende informalmente as técnicas de cenografia com o italiano Oreste Coliva. Participa de diversas edições da Exposição Geral de Belas Artes, onde, no ano de 1907, recebe o prêmio de viagem ao exterior. No ano seguinte embarca para Paris, onde permanece por aproximadamente dois anos. Em 1911, viaja para a Itália como integrante do grupo de artistas escolhidos para executar as decorações do Pavilhão Brasileiro na Exposição Internacional de Turim. Em 1919, funda com um grupo de artistas a Sociedade Brasileira de Belas Artes na cidade do Rio de Janeiro, e como membro desta agremiação propõe no ano seguinte, a livre participação dos artistas filiados à sociedade nas Exposições Gerais de de Belas Artes. Neste mesmo ano, executa, com seu irmão João Timótheo da Costa (1879-1930) as decorações do Salão Nobre do Fluminense Futebol Clube. Participa pela última vez da Exposição Geral de Belas Artes noa no de 1921 e morre no ano seguinte como interno do Hospício dos Alienados da cidade do Rio de Janeiro.


Emmanuel Hector Zamor (Bahia 1840 - França 1917). Pintor e cenógrafo. Mulato, adotado pelos franceses Pierre Emmanuel Zamor e Rose Neveu, na paróquia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, aprende música e desenho na Europa, por volta de 1845. Em meados de 1860, em Paris, freqüenta a Académie Julian, e trabalha como cenógrafo. Presume-se que nesta época tenha convivido com artistas como Cézanne, Renoir, Degas, Pissarro, Sisley e Monet. Vem para o Brasil em 1860, onde permanece por dois anos, morando em Salvador. Nesse período, em decorrência de um incêndio em sua residência, muitas de suas obras são perdidas. Retorna em definitivo para França em meados de 1862. Entre ca.1930 e ca.1940, em Paris, o marchand da Christy Antiquités-Objets d'Art arremata todos os 37 trabalhos disponíveis do artista, que posteriormente são expostas no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, São Paulo, em 1985.


Horácio Hora nascido em 17 de setembro de 1853, na cidade de Laranjeiras, Sergipe, e falecido em Paris, em 1º de março de 1890. Fez os primeiros estudos na terra natal e, em 1875, seguiu para Paris, subvencionado pelo Governo Imperial. Fez, em rápido tempo, progressos brilhantes, tendo sabido conquistar as relações de pessoas importantes, entre as quais, Justin Lequien, Cabanel, Michaud e a baronesa de Catumbi. Na Bahia, em 1884, fez uma exposição pública dos seus trabalhos, na qual obteve grande êxito. A Congregação da Academia de Belas-Artes daquela cidade lhe conferiu o diploma de membro correspondente e acadêmico de mérito. Voltando à Pátria, aqui deixou valiosa produção. Além de inúmeros retratos, em que era especialista, pintou, A Miséria e a Caridade, existente no Hospital da Misericórdia da Estância, em Sergipe, e a importantíssima tela Peri e Ceci.


Antônio Firmino Monteiro Nascido e falecido no Rio de Janeiro (RJ). Antônio Firmino Monteiro teve uma existência curta: nasceu no Rio de Janeiro em 1855 e faleceu na mesma cidade em 1888.Com infância atribulada, foi encadernador, caixeiro e tipógrafo antes de se dedicar à sua vocação artística.Na Academia Imperial de Belas-Artes,onde se matriculou tardiamente, foi aluno de Vitor Meireles, Agostinho José da Mota, Pádua de Castro e Zeferino da Costa.Possuía grande interesse pela leitura, e tal como Amoedo, muita curiosidade pelos problemas de técnica da pintura. Em abril de 1880 seguiu para a Europa com a ajuda do Imperador Pedro II; voltaria pouco depois para concorrer à cadeira de Paisagem da Academia, classificando-se em segundo lugar.Tornaria ainda duas vezes ao Velho Continente, em 1885 e 1887. Também passou curtíssima temporada em Salvador, como professor de Paisagem no Campo da Escola de Belas-Artes da Bahia, e de Perspectiva e Teoria da Sombra no Liceu de Artes e Ofícios da mesma cidade.Participou das Exposições Gerais de Belas Artes em 1884, 1885 e 1887, tendo recebido na primeira a Ordem da Rosa, por uma participação que incluía O Vidigal, Um Vendedor de Balas e Jornais, Fósforos!, Camões no seu Leito de Morte e Episódio da Retirada da Laguna.


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